sábado, 4 de setembro de 2010

Gostava que as palavras fossem dedos que se enlaçam entre as tuas mãos.
Gostava.
Gostava que escrever-te fosse como sentir o que já senti e o que nunca senti.
 As palavras são apenas voos rasos entre recordações que ainda não tivemos.
 O que sinto não se faz em palavras, não se desenha em telas, não se toca nas melodias do pensamento fugitivo.
Gostava.
Gostava que o tempo fosse carícia que me aquieta sempre que ao longo da pele dos dias quando não te encontro nos meus olhos.
 A alma pede.
 A alma evita.
A alma fica.
As palavras travam.
A voz silencia.